MONKEYPOX E PETS


Com o primeiro caso de doença Monkeypox transmitida de humanos para animais, o que sabemos até então sobre o assunto?!

No último dia 24, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais publicou um comunicado oficial, confirmando o primeiro caso de transmissão da espécie humana para a canina no Brasil. O tutor havia começado a apresentar sintomas no dia 03/08/2022 e o cão, um filhote de 5 meses de idade, por sua vez, iniciou a manifestação da doença no dia 13/08/2022.
O animal teve início dos sintomas em 13/08/2022, começou com prurido, apresentando lesões em pápula, pústula e crostas localizadas em dorso e pescoço. O veterinário que atendeu o animal usou Equipamento de Proteção Individual (EPI) para exame e coleta das amostras após contato da Vigilância Epidemiológica sobre a suspeita.

O paciente que foi contato do cão é dono do animal e iniciou os sintomas em 03/08/2022. O mesmo procurou atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Juiz de Fora em 08/08/2022, quando foi coletada amostra de lesão, cujo resultado foi positivo para Monkeypox.
No Brasil, até o presente momento, não havia evidência documentada de transmissão da doença do ser humano para animais ou de animais para o ser humano. Existem dois relatos no mundo, nos EUA e França, em que a potencial transmissão de humano a animal está sendo estudada.

A SES-MG e o Ministério da Saúde informam que, por ser uma doença zoonótica, existe o risco potencial de repercussões para animais susceptíveis. Sendo assim, orientam:
§  Que todos os resíduos, incluindo resíduos médicos, sejam descartados de maneira segura e que não sejam acessíveis a roedores e outros animais;
§  Que as pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus Monkeypox devem evitar o contato direto próximo com animais, incluindo animais domésticos (como gatos, cães, hamsters, furões etc.), gado e outros animais em cativeiro, bem como animais selvagens;
§  Que as boas práticas de interação com a vida selvagem, conforme descrito acima, podem reduzir o risco de eventos futuros de transmissão de animais para humanos

Como evitar que cães sejam contaminados?
A recomendação atual é a de que, uma vez confirmado um caso humano em casa, o bichinho seja afastado do convívio da pessoa positivada até que ela receba alta, ou seja, não esteja mais transmitindo o vírus.
Gatos também podem se infectar?
Pouco ainda se sabe sobre a espécie felina, em se tratando de monkeypox. A comunidade científica ainda está trabalhando para entender quais espécies podem servir de reservatório para a doença, ou seja, abrigar o vírus sem manifestar a doença em si. Se desconhece até então o envolvimento dos gatos no processo de transmissão.
Ainda é um assunto que precisa ser muito pesquisado e muito discutido entre cientistas. Não se sabe o quanto o envolvimento de espécies domésticas pode influenciar no desenvolvimento do vírus, mas os estudos estão correndo a todo vapor. O que sabemos até agora é que não há evidências científicas que consigam afirmar que haja transmissão de cães para seres humanos.
De todo modo, é válido sempre lembrar que as medidas de proteção sanitárias (semelhantes àquelas que aprendemos com a pandemia da COVID-19) continuam de pé e não devemos descuidar!